Nos sacramentos do Batismo e da Crisma, recebemos de Deus Pai, por intermédio de Jesus Cristo Ressuscitado, o dom da pessoa do Espírito Santo em nossa vida.
O que provoca a presença do Espírito Santo em nós? Procuremos a resposta na Bíblia, na Carta de São Paulo aos Gálatas, capítulo 5, versículos 13 a 26.
São Paulo, conclama os cristãos gálatas a viverem a experiência da liberdade e do amor, duas conseqüências da presença do Espírito Santo em nossa vida. A liberdade cristã não está a serviço do pecado, mas para o serviço aos outros no amor. “Se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes consumidos pelos outros”(Gl 5, 15).
É o Espírito Santo que conduz o cristão à verdadeira liberdade e ao autêntico amor, tais como foram pensados por Deus para os seus filhos. “Deixai-vos sempre guiar pelo Espírito e nunca satisfaçais o desejo da carne”(Gl 5, 16). Para o cristão, ainda peregrino no mundo e na história, há uma contradição entre o que deseja a carne marcada pelo pecado e o que propõe o Espírito Santo ao homem renovado em Cristo (cf Gl 5, 17s).
Quais são as obras da carne, frutos da concupiscência, que excluem a pessoa do Reino de Deus? Responde São Paulo: “imoralidade sexual, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes”(Gl 5, 19-21).
E quais são os frutos do Espírito Santo na vida da pessoa cristã que O acolhe? “O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.”(Gl 5, 22s).
Somos pessoas novas, renovadas em Jesus Cristo: “Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos”(Gl 5, 24). Nosso programa de vida é outro: “Se vivemos pelo Espírito, procedamos também de acordo com o Espírito”(Gl 5, 25).
Sozinhos, não podemos muita coisa, pois nossa boa vontade não é suficiente para a caridade perfeita. Mas assistidos pela pessoa do Espírito Santo, que habita em nós, podemos sim, produzir bons frutos, pois é Ele que nos mantém unidos a Jesus Cristo, a videira verdadeira, de quem somos os ramos (cf Jo 15, 1-8).
Deixemos que o Espírito Santo produza em nós e através de nós, no mundo, os frutos do amor, da alegria, da paz, da paciência, da amabilidade, da bondade, da lealdade, da mansidão e do domínio próprio.
Bispo Auxiliar de São Paulo
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