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Quaresma: 

Tempo privilegiado de 
conversão e combate espiritual







Na quarta feira de cinzas iniciamos o Tempo mais rico e profundo da Liturgia, na verdade este Tempo que abrange a Quaresma, Semana Santa e Páscoa até Pentecostes é um grande retiro, centro do Mistério de Cristo e da nossa fé e salvação. E quem o faz de coração, quem vive os exercícios quaresmais, eu garanto não será a mesma pessoa depois da Vigília Pascal e do Domingo de Pentecostes. Quero convidar vocês amados e amadas irmãos internautas a fazer juntos um retiro espiritual rumo a Vida Nova em Cristo Jesus, cujo tema será: “Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes” (cf. Cl 2,12). Nosso point de encontro será o Blog e o Podcast.

Tempo privilegiado de conversão e combate espiritual, de jejum medicinal e caritativo, a Quaresma ainda é, sobretudo tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais profunda que recorda aos cristãos os grandes temas batismais, em preparação para a Páscoa.

Batizados na morte e ressurreição de Cristo devemos viver segundo uma moral de ressuscitados, seguindo, não uma lei abstrata, mas o exemplo de Cristo, sua obediência filial ao Pai.

No Tempo da Quaresma, o povo de Deus empreende um esforço exigente, porém libertador, que deve abri-lo ao chamado do Senhor e da comunidade cristã. Privando-o do alimento terreno, nas múltiplas formas que se lhe apresentam, aprenderá a saborear, acima de tudo, o pão da Palavra de Deus e da Eucaristia, e melhor sentirá o dever de dividir os bens com os outros. O Concilio Vaticano II recomenda que “a penitencia quaresmal não seja só interna e individual, mas, sobretudo externa e social. E a prática penitencial, segundo as possibilidades do nosso tempo e das diversas regiões, como também consoante às condições dos fieis, incentivada e… recomendada” (Sacrosanctum Concilium 110).

Nascidos para a vida de filhos de Deus, em virtude da água viva do batismo e da graça do Cristo, procuramos purificar cada vez mais o culto filial em espírito e verdade e o oferecemos ao Pai em união com o culto espiritual e perfeito do Cristo. Iluminados pela fé recebida no batismo, esforçamo-nos por viver como filhos da luz e vencer as trevas do mal que estão em nós e no mundo, fazendo a verdade em Cristo Jesus – luz do mundo.

Ressuscitados com Jesus da morte do pecado, por obra do Espírito vivificador derramado em nós no batismo, alimentamos e aperfeiçoamos com os Sacramentos nossa união a Jesus ­vida: e com ele vamos para o Pai, animados pelo sopro do Espírito. Toda a nossa vida se torna um sacrifício espiritual que apresentamos continuamente ao Pai, em união com o sacrifício de Jesus sofredor e pobre, a fim de que, por ele, com ele e nele, seja o Pai em tudo louvado e glorificado.

Celebrar a Eucaristia no tempo da Quaresma significa: percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe a Igreja e a todos os homens; assumir mais decididamente a obediência filial ao Pai, e o dom de si aos irmãos, que constituem o sacrifício espiritual. Assim, renovando os compromissos do nosso batismo na noite pascal, poderemos “passar” para a vida nova de Jesus – Senhor ressuscitado, para a glória do Pai, na unidade do Espírito.


Para celebrar bem este tempo:

1. O Tempo da Quaresma se estende da Quarta-feira de cinzas até a Missa “na Ceia do Senhor” exclusive. Esta missa vespertina dá inicio, nos livros litúrgicos, ao tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, que tem seu cume na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. A semana que precede a Páscoa toma o nome de Semana Santa; começa com o Domingo de Ramos.
2. Os· domingos deste tempo se chamam de 1°, 2°, 3°, 4° e 5° domingo da Quaresma. O 6° domingo toma o nome de “Domingo de Ramos da Paixão”. Esse domingo tem a precedência, mesmo sobre as festas do Senhor e sobre qualquer solenidade.
3. As solenidades de São José, esposo de Nossa Senhora (19 de março) e da Anunciação do Senhor (25 de março) - como outras possíveis solenidades dos calendários particulares – antecipam sua celebração para o sábado, caso coincidam com esses domingos.
4. A liturgia da Quarta-feira de cinzas abre o Tempo da Quaresma. Não se dizem nem se canta o Glória e o Credo na missa
5. Nos domingos da Quaresma não se canta o hino Glória; faz-se, porém, sempre a profissão de fé e o Creio. Depois da segunda leitura não se canta o Aleluia; o versículo antes do Evangelho é acompanhado de uma aclamação a Cristo Senhor. Omite-se o Aleluia também nos outros cantos da missa.
6. A cor litúrgica do Tempo da Quaresma é a roxa; para o 4° domingo (Laetare - Alegria) é permitido o uso da cor rosa. No Domingo de Ramos e na sexta-feira Santa, a cor das vestes litúrgicas e do celebrante é a vermelha, por se tratar da Paixão do Senhor.
7. Sugestão: em oração colha de Deus uma penitencia ou mortificação pessoal que você poderá viver neste tempo de retiro, por exemplo, deixar algo que gosta muito de fazer ou de comer, falar menos, diminuir o barulho ao seu redor, assistir menos televisão, reconciliar-se com as pessoas e situações. Nos dias de jejum oferecer a quem não tem o que você iria comer e beber etc.

Oração: Comecemos alegremente o tempo do jejum e lancemo-nos no combate espiritual, guardemos nossa alma do mal e purifiquemos nossa carne. Jejuemos de toda paixão assim como de alimento e, que nossas delícias sejam as virtudes do Espírito. E que as praticando com perseverança e amor, possamos todos nós conseguir ver a venerável Paixão de Cristo e, no júbilo espiritual, a Santa Páscoa nascer de novo com Cristo ressuscitado. Amém

Conte sempre com as minhas orações.

Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

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