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Acredite: o Pai ama você!







Bem no fundo, acreditamos no amor de Deus, mas naquele amor genérico. Quando se trata, porém, de acreditar no amor de Deus, que é pessoal, há um tipo de cortina, de sombra, que envolve nossa mente e nosso coração, atrapalhando-nos e impedindo-nos de crer nesse sentimento. Tal cortina e sombra são o resultado da nossa própria maneira de pensar e agir, da ação diabólica, além da má educação recebida. Temos dado muito mais importância aos nossos defeitos, às nossas falhas, fraquezas, pecados, incapacidades e infidelidades do que ao amor de Deus Pai.

A ação diabólica deseja fazer-nos desacreditar no amor do Altíssimo. O maligno coloca em nossas mentes, e especialmente em nossos sentimentos, o que para nós é negativo, ou seja, que somos fracos, infiéis, pecadores, errados. No dia a dia, ele faz questão de mostrar os nossos pontos negativos.

A própria tentação já faz isso quando procura colocar diante de nossos olhos tudo o que é negativo, até coisas como pensar que não somos bons de oração, que não somos perseverantes nem constantes, que somos incapazes de ter uma vida espiritual contínua, que não temos firmeza na oração de todos os dias, que não somos firmes na leitura diária da Palavra de Deus.

Além dessa obra maligna e do nosso jeito de pensar e agir, há ainda a educação que recebemos; uma educação alheia à fé e impregnada de medo. Infelizmente, não fomos educados para acreditar no amor do Pai; pelo contrário, toda a nossa formação, seja no lar, na rua, na escola, nas aulas de catecismo, na igreja, na forma de ser e de raciocinar, enfim, toda a nossa educação foi delineada para que não acreditássemos no amor do Senhor. Fomos ensinados a crer num Deus severo, punitivo e vingativo, que não conhece meio-termo. Crescemos com medo do Todo-poderoso, assustados, medrosos e sem coragem de encará-Lo.

O Senhor é muito diferente daquela imagem deturpada que nos foi passada: sempre atento às nossas falhas, pronto a nos castigar. Ele conhece, sim, nossas falhas e erros, mas é um Pai disposto a ajudar, a curar nossas feridas e a socorrer os que estão feridos. Eis o Pai que Deus é. Todavia, sentimos dificuldade em crer nisso.

Deus Pai é cheio de bondade para conosco e quer fazer um verdadeiro trabalho de libertação em nós. Para que isso aconteça, o Senhor deseja primeiro rasgar as cortinas e remover as sombras que nos impedem de receber o Seu amor e nele acreditar.

Trecho do livro "Curados para amar" de monsenhor Jonas Abib
 
Monsenhor Jonas Abib
 

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