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VIVER EM NOME 
DE JESUS É SER FELIZ







Quem passa a viver uma existência inteiramente em função do Divino Redentor é irreversivelmente venturoso.

Assemelha-se a quem era antes prisioneiro de uma vida excessivamente pessoal, encerrada no limbo de uma espiritualidade demasiada estreita e subjetiva, mas que agora percebe o ar livre, o vasto sol do universo de Mestre divino. O coração deste cristão bate vigoroso e alegre. 

Ele vive uma existência sem limites que é a do próprio Jesus, liberto que fica das ilusões mundanas. Dotado, tal seguidor de Cristo, de uma sensibilidade espiritual acendrada, a ele repugna tudo que, ainda de longe, pudesse macular sua consciência. O respeito total, absoluto para com os mandamentos do Decálogo conduz a atitudes que se tornam um louvor agradabilíssimo a Deus através de Jesus. 

A despeito de suas fraquezas não desanima nunca, pois tem convicção de que com a graça conseguirá vencer qualquer ataque do Maligno. É o júbilo requintado, gozo íntimo da paz interior, imperturbabilidade fruto de uma reta intenção que purifica todas as atividades. Sua miséria, própria da finitude humana, lhe realça a grandeza infinita do Ser Supremo. 

Na intensidade de seu amor a Cristo, regozija-se de se ver tão indigna e cheia de defeitos. O que faz sofrer as almas medíocres ou muito voltadas para si mesma, se torna para ele fonte de íntimo gáudio. 

Quando o Mestre divino asseverou que Ele era o caminho, queria exatamente mostrar como quem segue suas veredas depara a majestade do Pai, suas perfeições infinitas, sua bondade, seu poder, sua sabedoria, sua imortalidade, sua beatitude infinita e tudo isto se torna a bem-aventurança deste cristão. Esta é a doutrina de São Paulo: “Irmãos, vivei com alegria. Tendei à perfeição, animai-vos, tende um só coração, vivei em paz, e o Deus de amor e paz estará convosco”(2 Cor 13,11). Aos Gálatas ele aconselhava: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!” (Gl 4,4) Nem o sofrimento poderá afastar a imperturbabilidade de quem está unido a Cristo, como acontecia, por exemplo, com uma Santa Terezinha do Menino Jesus. Toda tribulação ondulará apenas a superfície límpida do lago profundo de sua ventura. É que a alegria é o desabrochar da alma na posse do legado de Jesus. 

A alma de Cristo encerrava ao mesmo tempo alegrias imensas e dores incalculáveis. Pela parte inferior, mergulhava até na extrema agonia, como aconteceu no Horto das Oliveiras, mas pelos cimos penetrava no júbilo divino. Assim é a alma do cristão que pode se sentir aflita e alegre: aflita, na parte inferior que se avizinha dos sentidos, mas alegre nos cimos em que a vontade iluminada pela graça impera e a lança dentro do Coração de Jesus. Sabe que nas horas mais amargas a dor não habita sozinha nele, mas junto dele está 

Aquele que dá alívio, pois prometeu que rezaria ao Pai que daria aos seus um Consolador (Jo 24,16). Imerso no Oceano da Paz, que é Jesus, como dizia Santa Catarina de Sena, o discípulo do Evangelho, já neste mundo, degusta sempre um pouco da felicidade eterna e repete com São Paulo: “Eu posso tudo naquele que me conforta” (Fl 4,13).

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

Fonte: http://conegovidigal.blogspot.com

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